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Células tronco : esperança para muitos animais

Editoria: Vininha F. Carvalho 12/07/2013

As células-tronco em humanos no Brasil esbarram em uma série de limitações éticas e jurídicas, por outro lado a medicina veterinária ganha cada vez mais conhecimento uma vez que a sua aplicação e estudo estão em um processo de crescimento continuo.

A terapia com células-tronco tem sido estudada há décadas, e há alguns anos, ela é usada já como forma comercial, inicialmente nos EUA, onde realizam esse tipo de tratamento para animais, com relativa frequência.

Aqui no Brasil, essa terapia, que se insere na medicina veterinária regenerativa, ainda é novidade, causando desconfiança por parte de alguns veterinários e entusiasmo por parte dos proprietários, que vêm na terapia uma última esperança.

Há um questionamento sobre a possibilidade destas células tronco se transformarem em algum tipo de câncer, mas a Dra Renata A. F. Nogueira – do Instituto Dog Bakery de Medicina Animal, esclarece que, como são células adultas e não embrionárias, este risco não procede.

Oriundas do tecido adiposo de cães filhotes, existem alguns lugares onde elas podem ser aplicadas, sem dor, em caso contrário, o protocolo incluirá também a sedação ou anestesia do animal.

A visão de que as células-tronco possam ser a cura para tudo, está muito longe de acontecer, pois as células têm ações específicas e consequentemente doenças específicas que respondem ao seu uso. E ainda, dentre as doenças tratadas, existe um momento adequado para que seja feito o uso da terapia celular.

Por isso, é importante que não seja banalizado o uso das células-tronco, que ela não seja tratada para qualquer doença e ou qualquer situação, daí vem a importância de um especialista para o tratamento com células tronco.

Por sua vez, esse especialista precisa de outros especialistas para falar da parte clínica, do diagnóstico. Esse é um dos motivos que torna a terapia celular com células-tronco um investimento alto.

As doenças que respondem a terapia são: doença renal crônica, cinomose, lesão medular, displasia coxo-femoral, artrites e aplasia medular.

A célula tem função de imunomediação, antiinflamatória e regeneração tecidual.

Essas células-tronco, são chamadas de células-tronco mesenquimais, que uma de suas características é que elas não tem risco de rejeição.

Por isso, existe um banco de células-tronco de cães e gatos, onde essas células estão prontas para o uso, ou seja, para o transplante em um animal doente.

Poucos clínicas/hospitais veterinários estão capacitados para realizar este tratamento. Em São Paulo, o Instituto Dog Bakery, localizado na Avenida Nove de Julho, 4493, Jardins, pode oferecer mais informações aos interessados neste técnica inovadora.

Fonte: Christian do Valle