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CPB/ ICMBio coleta dados sobre espécie ameaçada de extinção

Editoria: Vininha F. Carvalho 03/02/2012

Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio) realizaram expedição em busca de mais informações sobre o caiarara (Cebus kaapori).

A iniciativa ocorreu entre os dias 11 e 23 de janeiro e atravessou a porção da Floresta Amazônica ao leste do rio Tocantins que compreende partes dos estados do Pará e do Maranhão.

O objetivo da equipe, formada pelos analistas ambientais Marcos Fialho e Plautino Laroque e o técnico Severino dos Santos, era ampliar o mapeamento e o diagnóstico das populações da espécie, que tem uma distribuição restrita à área conhecida como “Centro de Endemismo de Belém”.

Os dados coletados auxiliarão na criação do Plano de Ação Nacional (PAN) de Primatas da Amazônia Oriental. O Cebus kaapori, que é uma das espécies amazônicas mais ameaçadas, será um dos alvos deste PAN.

As entrevistas com moradores locais foram a base da metodologia utilizada na expedição, o que possibilitou saber mais detalhes sobre a região de ocorrência da espécie, ameaças como a caça, a perda de mata e se ocorreu morte de macacos.

“Essas informações poderão subsidiar a elaboração de planos de trabalhos para a conservação deste táxon”, explica o analista Plautino Laroque, médico veterinário.

Segundo o analista Marcos Fialho, as ações de preservação de espécies da região são necessárias pela acelerada antropização a qual a área está submetida.

“Poderíamos dizer que é um pedaço da Amazônia com cara de Mata Atlântica, visto que a maior parte da área de ocorrência da espécie já foi convertida em pastos ou cultivos”, afirma.

Como balanço geral da expedição, Fialho destaca a existência de parceiros interessados em promover a preservação da espécie e do meio em que ela vive.

“Durante os dias de campo confirmamos que a situação da espécie é realmente crítica. Mas, por outro lado existem diversos parceiros, sejam governamentais ou do setor produtivo interessados em contribuir com as estratégias de conservação, não só desta espécie, mas de toda a comunidade biótica na qual se encontra. Esperamos que o PAN seja a ferramenta que catalise esse processo”, ressalta.

Fonte: ICMBio