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Criado o primeiro laboratório de peixes de São Paulo

Editoria: Vininha F. Carvalho 28/04/2009

Com a falta de incentivo público na área de tratamento de peixes, tanto para os animais que serão comercializados, quanto para os ornamentais, os criadores se vêm sem amparo quando a criação é acometida por algum tipo de doença.

O Provet, junto com a empresa Acquapiscis, especializada em diagnóstico e tratamento em peixes, criou o primeiro laboratório para análises em peixes de São Paulo, que visa diagnosticar problemas nos animais e na água em que estão e, a partir disso, fazer tratamento dos peixes e de seu ambiente.

O serviço do laboratório é disponibilizado para criadores de peixes para abate, como tilápia, pacu, tambacú, traíra, piau etc., e para os aquaristas e criadores de peixes ornamentais, como as carpas, entre outros.

Para o atendimento, o criador pode ir até uma das unidades do Provet e contar seu problema, para que através do histórico do peixe seja possível detectar a doença, ou levar o próprio animal até o centro de diagnóstico.

“Grande parte dos problemas que encontramos são gerados pela falta de tratamento adequado da água. Por exemplo, os peixes são animais pecilotérmicos (sua temperatura é igual a do meio), portanto, quando ocorre queda brusca da temperatura da água, seu sistema de defesas fica frágil e com a resistência baixa podem ser afetados por doenças”, explica Roberto Ishikawa, coordenador do laboratório.

Além do atendimento ao público, um dos focos do laboratório de peixes é auxiliar e orientar os órgãos públicos no desenvolvimento do conhecimento a respeito das doenças que afligem os peixes.

“Atualmente, neste campo, existem poucos veterinários qualificados para realizar as vistorias. Os biólogos, técnicos e engenheiros de pesca que atuam no setor não podem realizar tratamentos, pois não possuem conhecimento de farmacologia”.

Crescimento supervisionado:

Segundo Ishikawa, o mercado relacionado ao comércio de peixes está em crescimento. “Desde a década de 90 a criação de tilápias vem se desenvolvendo no país e o comércio desse peixe vem sendo impulsionado principalmente pelo interesse dos consumidores dos Estados Unidos e da Europa.”

A venda de tilápia já movimenta mais de 100 milhões de dólares por ano no país. Além disso, o brasileiro passou a consumir mais peixe de água doce por ser uma carne de qualidade e bastante saudável.

Para evitar doenças nas criações, o criador deve fazer um exame preventivo antes de introduzir qualquer peixe recém-comprado no tanque. Todos os cuidados devem ser respeitados rigorosamente, pois há perigo de surtos de doenças, que podem levar a um grande prejuízo econômico.

”Muitas doenças assolam as criações brasileiras e, se não forem tratadas, podem adquirir uma escala ainda maior, afetando diretamente a economia do país“, afirma Ishikawa.

Fonte: Talita Galli / Rodrigo Prada