Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

Paula Inês Foist - Praia Grande / SP

Editoria: Vininha F. Carvalho 03/10/2007

Adotar não basta , tem que ser responsável!

Quando vi aquela cadelinha mansa, já adulta, colocar a carinha no portão de minha casa, não resisti: logo fizemos amizade e durante muitos dias dei comida e água para ela. Só não a recolhi de imediato por ter outro cachorro em casa, e temer a rejeição entre eles.

Mais algum tempo se passou e ela desapareceu por dois dias. Mas Deus guiou-me até ela, eu estava de carro,ela me reconheceu e pulou dentro do carro e deste somente a tirei quando o portão de casa estava trancado! E o outro cãozinho a aceitou tranquilamente.

Infelizmente, por duas vezes, apesar de todos os cuidados, ela conseguiu fugir, mas imediatamente eu fui atrás e a recolhi novamente! Eu já tinha amizade com um médico veterinário e foi ele quem a castrou, salvando-a assim de uma futura e grave infecção uterina, pois ela sofria de um mal que a levaria a tal.E uma tarde eu ouvi gritos e barulho, era o vizinho espancando o cãozinho que tinha adotado da rua.

Sua casa foi simplesmente invadida por pessoas de minha família e o cãozinho, cheio de carrapatos, foi salvo. Os carrapatos, também infestaram os outros animais da casa e todos foram devidamente
tratados. Todos os três cães novamente se deram muito bem. E o tempo passou e o primeiro cãozinho que eu tinha morreu de velho.

E, o cão seqüestrado do vizinho salvou uma pessoa idosa da depressão. Mais alguns anos se passaram e vieram me contar que outra cadelinha da vizinhança estava sendo maltratada e estava grávida! Não hesitei e a recolhi no mesmo instante.

Por precaução, ela ficava fora de casa, no quintal coberto, mas foi se infiltrando com muito jeitinho e acabou tendo seus lindos nove filhotinhos no sofá da sala! Todos saudáveis! No devido tempo
ela também foi castrada e quase todos os filhotes doados.

Porém, um deles era bem menor que os outros, então o deixei continuar mamando após a doação de seus irmãozinhos. E outra filhote nos escolheu e ambos também foram adotados juntamente com a mãe.

Nessa época, recebi um convite para trabalhar no Mutirão de Castração de minha cidade, serviço que até hoje executo com muito amor e carinho!

Anos mais tarde, o cãozinho salvo do espancamento também faleceu, apesar de todo o socorro prestado. E a filhote, agora já adulta cumpriu sua maravilhosa missão de alegrar a vida das pessoas.

A mensagem que trago a todos é a seguinte:

Jamais hesitem em adotar um animal de rua, seja ele cão ou gato, macho ou fêmea! Eles são escorraçados, maltratados, espancados, sofrem dor, abandono, são vítimas de crueldades e preconceito, passam calor, frio, sede e fome e são absolutamente carentes de qualquer sentimento de amor e respeito! E, tenha certeza de que serão eternamente gratos a quem os acolher e lhes der uma vida digna, não só alimentando-os e proporcionando-lhes abrigo e
carinho, mas também providenciando sua castração, cirurgia que evita doenças graves e muitas vezes incuráveis que podem levá-los à morte e também acidentes provocados pelo cio.


Se todos os animais acabassem, o Homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao Homem. Cacique Seattle - EUA.

Fonte: Paula Inês Foist - Numeróloga e Assistente de Veterinário voluntária do Mutirão de Castração de Cães e Gatos

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