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Fofuxa caiu na folia. É carnaval

Editoria: Vininha F. Carvalho 27/01/2015

Este é o relato de um caso ocorrido durante um Carnaval, quando uma poodle foi deixada em um hotel para cães e, estando no cio, desavisadamente acasalou com um cão de outra raça, resultando em uma ninhada, nascida por cesariana.

A partir daí a proprietária pediu à Justiça o ressarcimento das despesas, tratando-se de ação de rito sumaríssimo, proposta por Maria Silva contra o Estabelecimento "Artigos Caninos" objetivando indenização que a ré (dona do Hotel) culposamente lhe causou, alegando que os tratadores não evitaram que um macho tivesse contato com ela, provocando indesejada prenhez.

"Diz a ré: - que a culpa não é sua, é da dona da cachorra que deveria ter comunicado que a cadela estava no cio. Fizesse isto e ela teria sido colocada em gaiola fechada".

Fofuxa (a poodle) não tinha uma clara idéia do que é Carnaval. Sabia que eram uns dias que as pessoas mudavam o comportamento. Não tinha motivo para concordar com o escritor Júlio Camargo, que sofismara: "o Carnaval é uma amostra na Terra de como será o Inferno".

Percebeu que era Carnaval quando viu em sua casa aquela agitação que antecede uma viagem. Na sua casinha não levou sonhos, malas ou fantasias, levou sómente os encantos que fazem perpetuar a vida.

O Snoppy não resistiu a tentação, porque "a carne só é fraca enquanto pode ser forte", sendo assim, o muro não foi obstáculo suficiente para impedir os saltos de seu coração. Foram felizes, carnavalescamente felizes.

Como ficou demonstrado que a responsabilidade da ré decorre do cio ter surgido durante a estada no canil, e que este período não é tão facilmente identificado pelo dono para prestar estas informações e estando a consulta, radiografia e o parto comprovados foi julgado procedente o período de condenação e o pagamento da indenização corrigidos monetariamente e, também as custas processuais e honorários advocatícios.