Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

Pesquisa explica mergulho dos insetos

Editoria: Vininha F. Carvalho 26/05/2006

Sensores eletrônicos bastante delicados, feitos de fibra óptica, foram os instrumentos utilizados por uma dupla de pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, para obter novas informações sobre a fisiologia do mergulho dos insetos aquáticos. Esses invertebrados chegam a ficar até dez minutos submersos, montados em bolhas de ar, aguardando suas presas.

Os cientistas descobriram que a hemoglobina tem papel central na estabilidade na água. No início do mergulho, os insetos retiram oxigênio direto da bolha de ar levada para o fundo da água. Depois, quando ocorre a estabilização entre o tamanho da bolha e o peso do animal, o elemento químico vital é retirado da própria hemoglobina, que funciona como uma espécie de reservatório de oxigênio.

Os autores do estudo desconfiavam que a hemoglobina era importante na fase de estabilização do mergulho, mas apenas agora conseguiram confirmar o papel. Na pesquisa, feita com a espécie Anisops deanei, os cientistas mediram o volume da bolha e, principalmente, a pressão parcial de oxigênio.

Esses insetos aquáticos apresentam duas peculiaridades evolutivas bastante importantes, que podem estar relacionadas com a descoberta publicada na edição da última quinta-feira da revista Nature. Eles formam o único grupo que permanece com hábitos aquáticos na fase adulta. Além disso, também apenas nesses insetos é que a hemoglobina está presente em todas as fases do ciclo de vida.


Fonte: Agência Fapesp